segunda-feira, 6 de julho de 2009

a moradia

amor
a moradia
amor ardia na alma
acalentador

acalenta a dor
dorme calma

amor
fina paz
a morfina da alma

Natal o6.07.09
Renan Ramalho

6 comentários:

coisas do eu disse...

deix'eu fazer um comentário (q já deveria ter sido feito há bastante tempo)- primeiro, em relação ao "nome" do teu blog.
"incompleto e sem título" dialoga de um jeito especial comigo, com minhas coisas poéticas. é criativo e contemporâneo, parece óbvio, mas tangencia o estranhamento...
quanto "a moradia",
cara, tem um fazer poético gentilmente torto, des-óbvio, cantável, irritantemente apaixonado, por isso mesmo, interessante!

GABRIEL, gustavo disse...

Tua morfina?

Flávio Américo de Carvalho disse...
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Flávio Américo de Carvalho disse...

Conversei com Renan enquanto ele fazia esse poema. Eu vi nascer essa criança poética.

A sensibilidade de Renan é diferente da minha. Ele vê coisas que não vejo, por isso que gosto dos textos dele. Prezo pela alegria e melancolia. Ele, pela acidez e pelo mórbido. A vida é uma renda, como diria Morin.

Amor não me lembra morfina (por isso é bom ler "moradia", para lembrar-se da dormência causa pelo amor).

Amor me lembra rede na praia no final de semana. Torta alemã no almoço da sexta, depois de uma semana de trabalho.

Amor me lembra os braços da Neguinha, ou melhor, ela dormindo no meu colo, enquanto vejo qualquer besteira na TV e imagino dias melhores.

São sensibilidades diferentes, que, penso, se completam.

Nivaldete disse...

Estás vendo?... Polêmicas geradas, ainda que brandas. É isso, Renan. "Atrevei-vos!" -dizia Nietzsche à juventude. Tu te atreves!

Unknown disse...

Aos poucos, seus poemas estão possuindo doses gradativas de alegria... acho que você está caminhando para a perfeição.. =)